01/05/10

Despedida


(Setembro de 1994- 1 de Maio de 2010)

A despedida, comovente, de um amigo a outro amigo. Quem reconhece o quão amigos são estes seres, partilhará desta dor connosco...

ADEUS

Nunca esqueceste, nunca traíste, nunca abandonaste. Estiveste sempre em mim, aqui, ali ou mais além, tão simples como o ar e as rosas, tão evidente como uma lágrima ou uma luz ou esta dor extrema.
Ias e vinhas sobre a terra, deitavas-te junto ao limoeiro ou sobre as tábuas do meu chão, a ouvir os pássaros e a música, e talvez cantasses para dentro no teu idioma sem palavras vãs, voltado para o crepúsculo, ao entardecer da casa amarela. Adormecendo às vezes, sonhando com as pedras e as árvores e um rio que nunca viste, defronte da amargura.

Maior dos amigos, adeus.

José Agostinho Baptista

2 comentários:

Fernando Samuel disse...

São assim os amigos...

Um beijo.

svasconcelos disse...

Fernando Samuel: ... ficam, mesmo quando partem. beijo.