30/10/10

Para la libertad




Um poema encontrado aqui

Não resisti a trazê-lo até cá, ainda mais incentivada pela beleza do post bem complementado com um vídeo com dois vultos incontestáveis da (boa)música: Serrat e Sabina. Obrigada, Fernando Samuel!


Para la libertad sangro, lucho y pervivo.

Para la libertad, mis ojos y mis manos,

como un árbol carnal, generoso y cautivo,

doy a los cirujanos.



Para la libertad siento más corazones

que arenas en mi pecho. Dan espumas mis venas

y entro en los hospitales y entro en los algodones

como en las azucenas.



Porque donde unas cuencas vacías amanezcan,

ella pondrá dos piedras de futura mirada

y hará que nuevos brazos y nuevas piernas crezcan

en la carne talada.



Retoñarán aladas de savia sin otoño,

reliquias de mi cuerpo que pierdo en cada herida.

Porque soy como el árbol talado, que retoño

y aún tengo la vida.

Miguel Hernández
Adenda: O Obrigada mencionado no post é para o Samuel (sem Fernando). :))) Obrigada Fernando samuel- agora sim- por me chamares a atenção do lapso.:)) E desculpa, Samuel.:)))

25/10/10

O Voo de um (grande) POETA

Voa esta canção sobre os caudalosos rios da manhã
e as montanhas da tarde. Voa como os majestosos pássaros
imperiais,
mas também como os pequenos beija-flor. Voa, voa, voa,
para chegar às tuas mãos como uma carta de amor
do tempo em que se escreviam cartas de amor.
Voa esta canção para o azul profundo e para o sol
porque as palavras continuam a adorar o sol como Akhenaton
e os imperadores incas.
É uma canção viva esta que os teus dedos podem festejar
na fronteira das horas em que a felicidade está onde menos
a esperamos
e a aventura começa quando temos de viver várias vezes a
nossa única vida
desempenhando o nosso papel e o dos outros, nós, nós outros,
nós nos outros,
quando as horas do destino falham depois de chamarmos e
avisarmos os anjos
de que não permitimos mais interferências no nosso livre
arbítrio.

Voa esta canção para o teu nome, para o nome do amor,
onde o coração preside a um reino de desejo que explode em
forças poderosas
e novas teorias que nunca fizeram parte de qualquer currículo
romântico.
E é possível que voe esta canção para os magros recantos onde
nada se prevê,
onde não existem planos, expectativas, profecias. Onde
a dança animal é como a dança das galáxias e nela coabitam
o falcão e a lebre, o lodo e as estrelas,
acatando os acasos da vida sem se deixarem enganar.

Onde a carta chegar, voa também a canção para a alegria da
árvore
e para o vento frio, nu e infeliz, que se queixa às ramagens,
para os braços dos camponeses cuja beleza floresce na terra,
e para a macieira que estende os braços para a luz,
para os teus grandes olhos luminosos onde a minha vida roda,
sufocante,
enamorada e inocente. Voa pela memória
a canção do sangue, a canção da água e da erva adolescente,
que veste a roupa e a carne dos noivos, dos velhos e daqueles
cuja bondade e perfeição
fazem parte das contas a ajustar num tempo de humilhação
acumulada
por todos os séculos e séculos de incompreensíveis e
fantásticas prostituições.

E voa pelas margens do teu corpo, esta canção, esta carta
onde escrevi para ti as mais belas palavras de amor,
quem sabe?, as mais sofridas e intensas palavras de desejo,
as menos pensadas, as menos justas, as que apenas foram
escritas com o corpo,
as que perante a conquista apenas se entregaram à recolha dos
despojos
quando era preciso parar para escutar uma palavra diferente,
a que irrompeu vitoriosa dessa luta corpo a corpo. E segue
esta canção para todos aqueles que me esperam, aqueles que
me amam
como eu amei um dia cada um dos minutos da infância,
esses minutos que tinham pai e tinham mãe e uma alegria
deslumbrada
e que eu deixei de reconhecer nos pássaros, no vento, na
conversa da água.

Voa então, também, esta canção para mim, carregado de feridas,
eu que já pouco tenho a dizer sobre a pulhice, a indignidade e o
desvario
daqueles que conduzem sem destino o destino de todos,
eu que para trás pouco deixo, a não ser filhos e um rasto de
palavras
irmãs desses irmãos que em cada oportunidade, em cada
fogueira, se aquecem e se esquecem,
à procura de um sentido e de um caminho que acaba por
levá-los ao ponto de partida,
protagonistas das maiores injustiças e das mais fundas cobardias
registadas na História do Homem pelos homens
que não têm história.

Joaquim Pessoa

in O POUCO É PARA ONTEM
(Litexa Editora, 2008)

20/10/10

Poema e luta


Um poema de Brecht , com o qual me cruzei, ao acaso na net, e que se enquadra no conjunto de lutas que nos esperam. Uma mensagem de encorajamento para os que lutam e, talvez, de incitamento para os indiferentes e analfabetos políticos como, também, Brecht qualificou (e bem). A imagem também me remete a um outro poema do mesmo autor, o que indaga os apáticos da seguinte forma: "um dia levaram os negros, os judeus, etc e eu não liguei, não era nada comigo. Outro dia foi a mim que levaram...".
Que não nos cansemos, sobretudo de lutar!, e mais ainda pelo futuro, o nosso e o das gerações que nos sucedem. Dia 24, todos à greve!


Ouvimos dizer: Não queres continuar a trabalhar connosco.
Estás arrasado. Já não podes andar de cá para lá.
Estás muito cansado. Já não és capaz de aprender.
Estás liquidado.
Não se pode exigir de ti que faças mais.

Pois fica sabendo:
Nós exigimo-lo.

Se estiveres cansado e adormeceres
Ninguém te acordará nem dirá:
Levanta-te, está aqui a comida.
Por que é que a comida havia de estar ali?
Se não podes andar de cá para lá
Ficarás estendido. Ninguém
Te irá buscar e dizer:
Houve uma revolução. As fábricas
Esperam por ti.
Porque é que havia de haver uma revolução?
Quando estiveres morto virão enterrar-te
Quer tu sejas ou não culpado da tua morte.

Tu dizes:
Que já lutaste muito tempo. Que já não podes lutar mais.
Pois ouve:
Quer tu tenhas culpa ou não:
Se já não podes lutar mais, serás destruído.

Dizes tu: Que esperaste muito tempo. Que já não podes ter esperanças.
Que esperavas tu?
Que a luta fosse fácil?

Não é esse o caso:
A nossa situação é pior do que tu julgavas.

Se não levarmos a cabo o sobre-humano
Estamos perdidos.
Se não pudermos fazer o que ninguém de nós pode exigir
Afundar-nos-emos.
Os nossos inimigos só esperam
Que nós nos cansemos.

Quando a luta é mais encarniçada
É que os lutadores estão mais cansados.
Os lutadores que estão cansados de mais perdem a batalha.

18/10/10

Este texto, do "Cravo de Abril", enuncia, claramente, porque é que "Vale a pena Lutar" (texto integral: aqui), porque é que os anlfabetos políticos denunciados por Brecht têm de inverter a sua posição e porque é que os indiferentes, também apontados por Brecht, têm de despertar para os princípios consagrados do humanismo:
"...a luta dos trabalhadores, mesmo quando, de imediato, se traduz numa derrota, nunca é inútil e vale sempre a pena.
Sempre.

Hoje, mais de setenta anos passados - e num momento em que os trabalhadores portugueses preparam intensa e activamente uma Greve Geral de resposta à política de direita ao serviço do grande capital, é particularmente importante reter esse ensinamento - tanto mais quanto, como sabemos, os ideólogos do capitalismo levam por diante uma poderosa ofensiva ideológica que tem entre as suas linhas fundamentais a pregação da inutilidade da luta.
Sempre como velho objectivo de enfraquecer, e se possível liquidar, a luta das massas trabalhadoras.

E não é por acaso que os seguidores dessa ideia proliferam nos média dominantes - e em blogues e caixas de comentários... - nuns casos mostrando o que são, noutros casos ostentando garridas vestes de «esquerda» e, nessa qualidade, colocando a fasquia dos objectivos da luta em níveis claramente inatingíveis no momento e, simultaneamente, decretando que a luta só conta e só vale a pena se for vitoriosa..., fingindo que não sabem que se os trabalhadores só avançassem para uma luta quando tivessem a certeza prévia de que iriam vencer de imediato, nunca lutariam... para tranquilidade do capitalismo explorador.

Essa ideia da inutilidade da luta constitui, assim, uma das linhas mais perigosas da ofensiva ideológica em curso e visa empurrar os trabalhadores para o conformismo, para o «não vale a pena», para a aceitação da exploração capitalista como uma «inevitabilidade»...

De facto, o que o grande capital aplaude, nos trabalhadores, é ou a passividade e o amorfismo, por vezes através do medo: ou a impaciência geradora de desesperos, de capitulações e aventuras que fragilizem a unidade dos trabalhadores ou conduzem a luta para becos sem saída - enfim, todas aquelas situações que vicejam onde houver uma frágil consciência política, ideológica e de classe.

E o que o grande capital teme, nos trabalhadores, é a determinação, a confiança, a convicção, a perseverança, a perspectiva revolucionária - enfim, todas aquelas armas que são consequência de uma firme consciência política, ideológica e de classe.

E a verdade é que - como a vida nos mostra desde, pelo menos, a Revolta de Spártacus... - quem luta, nem sempre ganha, mas quem não luta, perde sempre."

17/10/10

A ti:


Conta comigo sempre. Desde a sílaba inicial até à última gota
de sangue. Venho do silêncio incerto do poema e sou, umas
vezes constelação e outras vezes árvore, tantas vezes equilíbrio,
outras tantas tempestade. A nossa memória é um mistério,
recordo-me de uma música maravilhosa que nunca ouvi, na qual
consigo distinguir com clareza as flautas, os violinos, o oboé.
O sonho é, e será sempre e apenas, dos vivos, dos que mastigam
o pão amadurecido da dúvida e a carne deslumbrada das pupilas.
Estou entre vazios e plenitudes, encho as mãos com uma fragilidade
que é um pássaro sábio e distraído que se aninha no coração e se
alimenta de amor, esse amor acima do desejo, bem acima do
sofrimento.
Conta comigo sempre. Piso as mesmas pedras que tu pisas,
ergo-me da face da mesma moeda em que te reconheço, contigo
quero festejar dias antigos e os dias que hão-de vir, contigo
repartirei também a minha fome mas, e sobretudo, repartirei até
o que é indivisível.
Tu sabes onde estou. Sabes como me chamo. Estarei presente
quando já mais ninguém estiver contigo
, quando chegar a hora
decisiva e não encontrares mais esperança, quando a tua antiga
coragem vacilar. Caminharei a teu lado. Haverá, decerto, algumas
flores derrubadas, mas haverá igualmente um sol limpo que
interrogará as tuas mãos e que te ajudará a encontrar, entre as
respostas possíveis, as mais humildes, quero eu dizer, as mais
sábias e as mais livres.
Conta comigo. Sempre.

Joaquim Pessoa

05/10/10

04/10/10

Apelo para adopção de 4 cachorrinhos

Aqui, uma história de ternura e amizade do camarada Fernando Rocha.
Se contribuir para a adopção de quatro cachorrinhos, que imagino lindíssimos,
o meu propósito cumpriu-se com esta nota.:))

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL


Proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas em 27 de Janeiro de 1978
Preâmbulo
Considerando que todo o animal possui direitos, Considerando que o desconhecimento e o desprezo destes direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza, Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo, Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros, Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante, Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais,
PROCLAMA-SE O SEGUINTE:
Artigo 1º
Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.
Artigo 2º
1 - Todo o animal tem o direito a ser respeitado.2 - O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais.3 - Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à protecção do homem.
Artigo 3º
1 - Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a actos cruéis.2 - Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.
Artigo 4º
Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.1 - Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.
Artigo 5º
Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.1 - Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.
Artigo 6º
Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.1 - O abandono de um animal é um acto cruel e degradante.
Artigo 7º
Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.
Artigo 8º
A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.1 - As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.
Artigo 9º
Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.
Artigo 10º
Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.1 - As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.
Artigo 11º
Todo o acto que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.
Artigo 12º
Todo o acto que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.1 - A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.
Artigo 13º
O animal morto deve de ser tratado com respeito.1 - As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.
Artigo 14º
Os organismos de protecção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.1 - Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.

03/10/10

Dia do animal














Isto de existirem dias para tudo, por vezes causa-me alguma celeuma, confesso... mas depois penso nas minorias, em seres incapazes de se defender, em causas que urge não silenciar, e a existência de um dia capaz de assinalar e relembrar as lutas pelas quais somos (todos!)responsáveis, e não me parece assim tão descabido ou inútil... sobretudo quando fazem eco nas massas ou quando, ano após ano, o esforço de sensibilização se reverte em melhorias progressivas.
Hoje, são muitas as iniciativas com o intuito de enternecer a população para a adopção de animais, mas sobretudo alertá-los para a crueldade do abandono e maus-tratos. Hoje em especial, porque estas campanhas têm, felizmente, carácter permanente e regular ao longo do ano. São muitos os humanos que contrapõem outros semelhantes, nesta luta de defesa pela dignidade dos animais e que, por vezes sem meios ou apoios institucionais, evitam que imagens como as expostas propaguem a realidade denunciada.
Falta ainda muito por conseguir, sobretudo ao nível legal, e neste domínio é necessário, por exemplo, que se agravem as penas sobre quem causar danos, seja de que natureza for, aos animais. Nestes incluem-se a exploração de animais de circo (certa vez fiz uma necrópsia a uma leoa de 24 anos, com evidência de sobrecarga de trabalho, tal era o estado de emaciação do animal, infestação maciça de parasitas , etc), as touradas (não se alegue falaciosamente a tradição, que eu não quereria ver nem os defensores das touradas a serem sacrificados em arenas com leões famintos, como outrora...), ou a crueldade física deliberada: conseguem imaginar um animal a chegar-vos ao consultório queimado em mais de 50% do corpo, depois de o regarem com gasolina?; ou um animal deixado à fome e à sede durante dias, porque os donos foram de férias e o negligenciaram?; ou outro atirado para a estrada via janela de um carro em andamento?...

São inúmeras as histórias de horror que poderia relatar, mas vou conter-me porque para hoje reservo a mensagem futurista de Da Vinci:

"Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais e nesse dia, um crime cometido contra um animal será considerado um crime contra a humanidade"



E esta imagem (linda!) será, de facto, realidade:




Agiotas

Para relembrar a agiotagem capitalista que urge combater e... derrotar!

02/10/10

O milagre do teatro - Nova estreia

Outra estreia do Grupo de Teatro do Centro da Mãe, outro "milagre" operado pela magnificência do TEATRO. Já terei falado deste meu trabalho aqui, e quando o refiro é com orgulho enorme e, confesso, até vaidade.
Estas meninas são apoiadas pelo "Centro da Mãe" e, em alguns casos mais "complicados", pela "Ajuda de Mãe". São mães muito jovens, com histórias inimagináveis por muitos de nós e, pelas inúmeras carências que têm, são auxiliadas por este Centro, não só em géneros necessários para os seus filhos, mas também em aulas e formações que lhes ocupam o tempo e as instruem em vertentes úteis para o futuro. Algumas dessas actividades são lúdicas, e nestas insere-se o Teatro.
Este foi o nosso quarto trabalho em quase dois anos. À partida pode aparentar ser pouco, mas é imenso quando as limitações e obstáculos para essa concretização são colossais, pois estas meninas carregam já a responsabilidade imensa de serem mães a tempo inteiro.
O trabalho de hoje, num texto que adaptei, sobre a história duma árvore que dava dinheiro rematava com a seguinte mensagem: " Não plantes a ganância, planta árvores e flores", pois, e era a Cátia, a benjamim do grupo, que o afirmava : " A única forma de ganhar dinheiro é trabalhando!".
A mensagem para estas jovens mães assume uma importância incalculável, até porque, no Centro, o que se pretende é que cada uma delas empreenda o seu próprio projecto de vida. A taxa de sucesso não será animadora, mas nestas situações particulares e tão difíceis, uma pequena vitória é um milagre. E eles, os "milagres" têm acontecido, e para mim agigantam-se de tal forma, que alimentam a minha vontade (inabalável) de continuar ao lado delas!

Hoje, apresentaram o trabalho, para o público em geral, num encontro de Teatro amador, e , mesmo sendo eu suspeita e uma orgulhosa incondicional destas meninas, foi um grande trabalho!
A todas elas , mais uma vez, o meu obrigada.
Por tudo!
Adenda:
A pedido, o nome das meninas da foto: A Thaiz, mãe da Emily e da Maria Clara; A Cátia, mãe da Ana; A Joana, mãe da Maria.
Além destas meninas , o centro apoia muitas outras, que, embora frequentem as aulas de teatro, não puderam ir a esta estreia. São a Cris, a Patrícia, a Fátima, a Sónia, a Joana, a Danielle, a Alexandra, a Claúdia e outras, que por vezes procuram o Centro. Bem-hajam, todas!