07/09/09

Violeta

A inaugurar a incursão poética deste blogue, Nicolás Guillén:

Não quero a glória.
A glória é inveja, quimeras, enganos e intranquilidade.
Eu pouparei à história
banal a minha memória.
Mais que os aplausos - enganosa escória -
amo um ceptro augusto: a tranquilidade.
Não quero que o mundo coroe a minha fronte.
Eu quero ser fonte,
não quero ser mar.
Não quero ser condor que o céu levante o seu voo.
A calhandra não pode voar até ao céu,
mas sabe cantar.

1 comentário:

fernando samuel disse...

Saber cantar é o que importa...

Um beijo amigo.