Pela experiência que tive em algumas destas acções, a taxa de sucesso de adopção é enorme, sobretudo graças a crianças que retêm teimosamente os pais no recinto, encantadas com aquela espontaneidade e ingenuidade de quatro patas...tão similar à delas, afinal....
Entre súplicas persistentes, apelos com lágrimas e exigências firmes, os pais lá se rendem ao convívio dos nossos amigos. E felizmente , a maioria destas histórias são felizes. Os animais encontram ou reencontram um lar que os acolhe "para sempre"...
Excepções a este final, também existem muitas, com a devolução às instituições de acolhimento e à reincidência do abandono. É incompreensível a insensibilidade, responsável por histórias miseráveis de maus-tratos aos animais, que além do abandono, incluem envenenamentos deliberados e outras torturas psicopáticas, que põem a cobro o pior do ser humano... Ainda hoje há quem afirme que os animais não sofrem como nós, que não padecem de stress como nós. Pessoas incapazes de reconhecer nestes seres um amigo. E que amigo!, soubessem eles...
Viver com um animal, trabalhar com eles e para eles, é para mim um privilégio, um orgulho imenso, o que por si só torna o meu trabalho, provavelmente, menos stressante que os demais.
E remato a parafrasear Leonardo da Vinci (1452-1519):
"Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais e, neste dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade".
... Até porque as sociedades e os valores a elas inerentes também se traduzem no reconhecimento de que "os animais são nossos amigos".
2 comentários:
Obrigada pelo teu registo...nunca é demais recordar...
Sim, é importante insistir. :)
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