Agora, não se chama Saddam, não é o Iraque onde, a pretexto de armas de destruição massiva que nunca existiram, já assassinaram um milhão de pessoas. Pessoas? Talvez não. Umas coisas sujas que por lá andam. Eram os tempos do facínora de bigode, o diabo que antes era um grande amigo do tio Sam e dos seus lacaios da Europa falida. Enforcaram-no, num julgamento justo e digno (!), como sempre são os do mundo "civilizado". Quem enforcará o assassino Bush, o assassino Obama, o assassino Sarkozy e a respectiva corja? Agora, o novo quintal dá pelo nome de Líbia e chama-se Kadafi o novo facínora. Talvez o seja, talvez sempre o tenha sido. Mas era amigo dos que agora o odeiam, demasiado extravagante, é certo, mas com direito a negociar e a montar tenda de luxo nas cimeiras da hipocrisia. Cinismo, asco, como ontem dizia o Comandante Chávez, na Telesur. O "Império da Loucura", segundo Chávez, é o mesmo que ao longo da história matou, chacinou, saqueou e devastou a África e a América Latina. Com a Bíblia numa mão e uma espada na outra. O "Império da Loucura" nunca dorme. Sempre que é preciso, prepara o cenário. É preciso dinamizar o mercado da guerra, testar armas, aviões, radares, bombas. Preparado o terreno, com a omnipresente CIA a mexer os cordelinhos da intriga e da sabotagem em todas as regiões do Globo, divulga a sua propaganda, encena a sua mentira. Arrebanha jornalistas sem honra, sem ética, esses que não têm uma gota de humanidade nas suas veias, esses para quem a única verdade é a que os patrões lhes ditam. O filme volta ser rodado. O espectáculo continua. O planeta inteiro é o seu pátio das traseiras. O seu reino será um planeta de cinzas, mas que importa, a culpa é da Natureza. De vitória em vitória, até à derrota universal. Há pouco tempo, no Afeganistão, as forças do "Bem", with god on their side, mataram nove crianças que num bosque apanhavam lenha. Por engano, I am sorry, disseram os assassinos do Pentágono e os seus acólitos. Para eles, para o "Império da Loucura", que interessam nove crianças ranhosas e mal vestidas? Não, não se trata de crime, não são os direitos humanos que estão em causa, sempre que o seu alvo é a soberania dos povos menores, aqueles que não não têm direito à sua religião, aos seus costumes, à sua cultura, mas têm invejáveis e cobiçadas matérias-primas. Quando a ganância é o estandarte supremo, não há morte, nada disso: são danos colaterais. Azares. E depois posam, todos sorridentes, para a fotografia e para as televisões que controlam. Quase todas. É como se fossem para uma grande festa. De mãos dadas, de peito inchado, manequins do terror, vestidos de Armani e companhia. Para a sua orgia de metralha e bombas. Outrora, era ouro, prata, pedras preciosas, tudo o que servisse para se tornarem grandes potências. Hoje chama-se, simplesmente, PETRÓLEO. O ouro do século XXI. O resto é poeira para os olhos, conversa para a rapaziada se entreter e para os politólogos (!) sacarem mais umas massas.
É isso, Chávez: asco, asco.
José Agostinho Baptista
4 comentários:
Parece que o mundo ficou na mão de experiências de laboratório,mal sucedidas,para reproduzir o adolfo.
Não quero líderes,no poper.quero um povo culto e esclarecido.
Um abraço,
mário
Tão amigos que eram
e ainda podem ser
Porca miséria
Bom texto.
Um beijo amigo.
Mário: se o fossemos o mundo seria, indubitavelmente, outro!
beijo,
Puma:a amizade destes crápulas oscila com a estrtégia dos interesses, neste caso de nome petróleo.
beijo,
Anónimo: não tenho o hábito de publicar textos sob anonimato,a clareza e assumpção das exposição é que lhe conferem a real força e credibilidade. Mas entendi fazê-lo para denunciar, não só a sua indignação e protesto, mas também o medo que paira na sociedade em dar-se o nome e a cara pelas causas que nos tocam a todos.
Força para si e para os seus colegas. Para todos nós, aliás, que as lutas replicam-se em todos os cantos...
bem-vindo/a.
Fernando Samuel: também achei , tanto que pediao autor, de imediato, apra o publicar aqui. Um beijo,
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