Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca
4 comentários:
Esta mulher amou tanto...
Obrigada pelo soneto. Gosto tanto dela!
Beijos.
Florbela, bela, bela...
Um beijo.
Toca,às vezes até deprime.
Não gosto de chorar,prefiro gritar.
Um abraço,
mário
Maria: Pois amou, com uma intensidade e veracidade sublimes!
beijo para ti, Maria.:)
Fernando Samuel:também gostas não é?:)) Impossível não adorá-la... Um beijo,
Mário: Sim,a Florbela toca-nos de tal forma, que as lágrimas e as inquietações afloram à nossa mente. O pranto da Florbela era também o seu grito.
Um beijo:)
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