02/10/10

O milagre do teatro - Nova estreia

Outra estreia do Grupo de Teatro do Centro da Mãe, outro "milagre" operado pela magnificência do TEATRO. Já terei falado deste meu trabalho aqui, e quando o refiro é com orgulho enorme e, confesso, até vaidade.
Estas meninas são apoiadas pelo "Centro da Mãe" e, em alguns casos mais "complicados", pela "Ajuda de Mãe". São mães muito jovens, com histórias inimagináveis por muitos de nós e, pelas inúmeras carências que têm, são auxiliadas por este Centro, não só em géneros necessários para os seus filhos, mas também em aulas e formações que lhes ocupam o tempo e as instruem em vertentes úteis para o futuro. Algumas dessas actividades são lúdicas, e nestas insere-se o Teatro.
Este foi o nosso quarto trabalho em quase dois anos. À partida pode aparentar ser pouco, mas é imenso quando as limitações e obstáculos para essa concretização são colossais, pois estas meninas carregam já a responsabilidade imensa de serem mães a tempo inteiro.
O trabalho de hoje, num texto que adaptei, sobre a história duma árvore que dava dinheiro rematava com a seguinte mensagem: " Não plantes a ganância, planta árvores e flores", pois, e era a Cátia, a benjamim do grupo, que o afirmava : " A única forma de ganhar dinheiro é trabalhando!".
A mensagem para estas jovens mães assume uma importância incalculável, até porque, no Centro, o que se pretende é que cada uma delas empreenda o seu próprio projecto de vida. A taxa de sucesso não será animadora, mas nestas situações particulares e tão difíceis, uma pequena vitória é um milagre. E eles, os "milagres" têm acontecido, e para mim agigantam-se de tal forma, que alimentam a minha vontade (inabalável) de continuar ao lado delas!

Hoje, apresentaram o trabalho, para o público em geral, num encontro de Teatro amador, e , mesmo sendo eu suspeita e uma orgulhosa incondicional destas meninas, foi um grande trabalho!
A todas elas , mais uma vez, o meu obrigada.
Por tudo!
Adenda:
A pedido, o nome das meninas da foto: A Thaiz, mãe da Emily e da Maria Clara; A Cátia, mãe da Ana; A Joana, mãe da Maria.
Além destas meninas , o centro apoia muitas outras, que, embora frequentem as aulas de teatro, não puderam ir a esta estreia. São a Cris, a Patrícia, a Fátima, a Sónia, a Joana, a Danielle, a Alexandra, a Claúdia e outras, que por vezes procuram o Centro. Bem-hajam, todas!

5 comentários:

trepadeira disse...

Só a cultura desenvolve a humanidade.
Um abraço,também de agradecimento,
mário

Nelson Ricardo disse...

De louvar essa acção cultural que consegue englobar pessoas que passam dificuldades.

E como realçou o trepadeira, também mereces os agradecimentos por teres participado na realização de uma acção tão honrada.

Parece ser interessante a peça de teatro.

Bjs.

Fernando Samuel disse...

De certeza que é um grande - e belo, muito belo - trabalho.
Parabéns.

Um beijo grande.

Armando Sena disse...

Muito bem, vamos saber o nome das meninas do teatro?

svasconcelos disse...

Mário: completamente de acordo, a cultura desenvolve a humanidade. beijo,

Nelson Ricardo:É sim, carrega uma mensagem que achei de maior importância para estas meninas sem referências morais ou valores... beijo,

Fernando Samuel: Obrigada. Eu adoro fazê-lo, enriquece-me, muito! beijo,

Armando: a pedido de outras pessoas também, já o acrrescentei em adenda.:) beijo,