Porque o povo diz verdades,
Tremem de medo os tiranos,
Pressentindo a derrocada
Da grande prisão sem grades
Onde há já milhares de anos
A razão vive enjaulada.
Vem perto o fim do capricho
Dessa nobreza postiça,
Irmã gémea da preguiça,
Mais asquerosa que o lixo.
Já o escravo se convence
A lutar por sua prol
Já sabe que lhe pertence
No mundo um lugar ao sol.
Do céu não se quer lembrar,
Já não se deixa roubar,
Por medo ao tal satanás,
Já não adora bonecos
Que, se os fazem em canecos,
Nem dão estrume capaz.
Mostra-lhe o saber moderno
Que levou a vida inteira
Preso àquela ratoeira
Que há entre o céu e o inferno.
António Aleixo
6 comentários:
Que o vaticínio se cumpra.
Um abraço,
mário
Falta-lhe o sentido do voto
como arma
Aleixo, sempre certeiro.
Abraço.
O Aleixo bem sabia...
Um beijo.
Puma
Ao poema do A.Aleixo falta-lhe o sentido do voto,porque o voto não decide nada, a não ser a continuação da exploração e da escravatura que ele abominava. Por isso ele dizia, que virá o dia que "Tremem de medo os tiranos.Pressentindo a derrocada"
Ou seja a Revolução que emancipará os escravos assalariados.
Um abraço
A Chispa!
Mário: ... não se cumpriu, ainda. Um beijo
Puma: eu concordo contigo, e isso comprovou-se ontem. Um beijo
Samuel: ...é daqueles onde vou buscar muitas respostas.beijo,
Fernando Samuel:... pois sabia.:) Mas a derrocada ainda não aconteceu. Um beijo,
Chispa: o voto é uma arma decisiva em democracia. nem sempre usada, nem sempre bem empregada...
Bem-vinda:)
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