30/10/10

Para la libertad




Um poema encontrado aqui

Não resisti a trazê-lo até cá, ainda mais incentivada pela beleza do post bem complementado com um vídeo com dois vultos incontestáveis da (boa)música: Serrat e Sabina. Obrigada, Fernando Samuel!


Para la libertad sangro, lucho y pervivo.

Para la libertad, mis ojos y mis manos,

como un árbol carnal, generoso y cautivo,

doy a los cirujanos.



Para la libertad siento más corazones

que arenas en mi pecho. Dan espumas mis venas

y entro en los hospitales y entro en los algodones

como en las azucenas.



Porque donde unas cuencas vacías amanezcan,

ella pondrá dos piedras de futura mirada

y hará que nuevos brazos y nuevas piernas crezcan

en la carne talada.



Retoñarán aladas de savia sin otoño,

reliquias de mi cuerpo que pierdo en cada herida.

Porque soy como el árbol talado, que retoño

y aún tengo la vida.

Miguel Hernández
Adenda: O Obrigada mencionado no post é para o Samuel (sem Fernando). :))) Obrigada Fernando samuel- agora sim- por me chamares a atenção do lapso.:)) E desculpa, Samuel.:)))

8 comentários:

Jaime Piedade Valente disse...

a propósito de liberdade, o que pensa do homem que este ano foi premiado com o Nobel da Paz?

Sofá Amarelo disse...

Juan Manuel Serrat no seu melhor acompanhando a liberdade daqueles que dela fizeram bandeira para que outros a pudessem disfrutar.

Fernando Samuel disse...

O «obrigado» é para o Samuel (sem fernando...)

Um beijo.

axadresado disse...

De uma forma geral, a palavra “liberdade” significa a condição de um indivíduo não ser submetido ao domínio de outro e, por isso mesmo, ter poder sobre si mesmo e sobre os seus actos.
A capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o mundo que o rodeia é o que confere ao homem o sentido da liberdade, entendida como expressão da vontade humana.
Teorias filosóficas e políticas ao longo dos tempos tentaram definir a liberdade quanto a determinações de tipo biológico, psicológico, económico, social etc. As concepções sobre essas determinações nas diversas culturas e épocas históricas, tornam difícil definir com precisão a ideia de liberdade.
Do ponto de vista legal, o indivíduo é livre quando as sociedades não lhe impõem nenhum limite injusto, desnecessário ou absurdo.
por issso devemos perguntar se somos livres vivendo numa sociedade como esta?

svasconcelos disse...

Jaime Piedade Valente: A esse propósito, e não obstante a surpresa pelo seu interesse na minha opinião, penso que o seguinte o esclarecerá: "Os meios de comunicação estão ao serviço de uma visão conformista da história" e alimentam, em si, a acatação de notícias enviesadas pelos interesses dominantes que regem esses meios.
os meus cumprimentos,
bem-vindo.

Sofá Amarelo:
Partilho da análise.
bem-vindo.:)

Fernando Samuel:
Penso que o corrigi a tempo.:)) Um beijo,

Axadresado: esta sociedade tem limitado , e muito, o sentido de liberdade individual e colectiva, pela subtração crescente dos nossos direitos, do nosso poder de afirmação e de protesto. Muitas serão as definições que cabem na liberdade, mas o poema de Miguel hernadéz fala muitos...
bem-vindo.:)

Armando Sena disse...

Discordo de novo. A Liberdade, não será pertencermos a alguém?

svasconcelos disse...

Aramndo: a palavra "pertença" em si, soa-me a dependência, propriedade, domínio...beijos.:)

Nelson Ricardo disse...

Belo poema. Pela Liberdade todos os que lutam se tornam heróis. E Miguel Hernandez excedeu-se nessa luta. Em poesia e em acções.

Bjs.