02/05/10

Mãe


Um dos poemas, inéditos, mais bonitos que li nos últimos tempos e que hoje escolhi para postar neste blogue:

Há momentos em que não posso
Em que não sou
Macera-me o corpo
A inacção por te não ter
Por não te ouvir
Por não te ver
Ainda agora – posso jurar!
Aqui estavas
Mãos nas minhas

E promessas
E desejos
E coragem
Sonhos
Vontade
Futuro
Em tudo existias
Agora mesmo
Ou já foi ontem, mãe?
Não era tua a voz
Que me trouxe do sono?
Que me alentou?
Quem me chamou então?

José Pedro Namora

5 comentários:

OT disse...

eu adoro o poema à mãe de eugénio de andrade...

svasconcelos disse...

OT: é uma óptima escolha, também. Ou o do Torga, ou o do José Agostinho Baptista... lindos!:)

Unknown disse...

Realmente lindo o poema. Parabéns pelo blog!
Felicidades!!

Fernando Samuel disse...

É um belo poema. Obrigado.

Um beijo.

svasconcelos disse...

Jucelino gabriel: obrigada. Bem-vindo.

Fernando Samuel: É belo, sim, chega ao coração... beijo.