Há tempos em que é o vazio que dita o caminho.
Tudo esmorece em redor, e o consolo das ondas do mar, aqui tão perto, não se ergue na carícia do alento.
Os passos ousam o trilho da saudade.
O suplício murmurante desta dor, enraiza o pranto que não se cala.
E os sonhos retornam ao dia em que pude esperar e... lutar!, na identidade de um ser que me era igual.
Aqui, nesta orla onde a razão deambula, perpassa apenas a dor, que se decifra no tormento da partida.
Na berma desta enseada, a cair sobre o mar, discorrem as memórias doces que levaste. E só as lágrimas bravias recordam a vastidão desta dor...
De um navio se enceta a despedida. E ao alto, uma cagarra, envolta num poema que não pude cuidar, gritará ao infinito o colosso deste afecto, que não soube escrever...
3 comentários:
Às vezes sinto assim.
Deixo-te um abraço...
Ainda
existem marés vivas
Maria: ... são fases compensatóriasde onde parte, creio, uma força maior para o preenchimento da existência. Aliás, sem autoridade moral nenhuma, digo que os comunistas são quem melhor se reergue, porque a crença que nos move assim o incita.
beijo.
Mar Arável: de acordo:) beijo,
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