Deixa contar...
Era uma vez
O senhor Mar
Com uma onda...
Com muita onda...
E depois?
E depois...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
E depois...
A menina adormeceu
Nos braços da sua Mãe...
Matilde Rosa AraújoHá uns anos, debruçada sobre o mar que povoou tantos delírios e tormentos da minha infância, lia este poema... E adormeci, no resguardo de um futuro que viria, quando, um dia, dobrei o (meu) horizonte. A Matilde Rosa Araújo foi tantas vezes a inspiração da minha infância, quando a sustinha em palavras doces, quando me acariciava com os seus poemas, e contos.Foi por ela (e pelo Sebastião da Gama...) que durante outros anos quis ser professora de português. Não o fui, as ciências fitaram-me, mas ainda hoje, são os poemas e as palavras que me embalam. Como as ondas.
Bem-hajam, as Matildes da nossa infância!!
4 comentários:
E como te dizer de quando foi minha professora? E que nos contava estórias? E que nos lia poesia?
Era encantadora...
Um beijo, e obrigada!
Uma grande senhora
que encantou gerações
a despertar sonhos
Até para mim, bronco homem da aldeia, este nome era uma referência.
Maria: que bom! Imagino o quanto essa memória te revisita... há pessoas que sulcam a nossa existência até ao infinito! Foste bafejada por uma delas.:))
Um beijo grande, e... bem-vinda!:))
Mar Arável: Pois foi.Ela é transversal a tantas, tantas idades.
beijo,
Armando: pois, já vi que em Pedome também havia bibliotecas
itinerantes da Gulbenkian.eh eh :))
beijos,
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