Amor, que a vida em morte em mim convertes,
espero em vão tua palavra escrita
e, flor a se murchar, meu ser medita
que se vivo sem mim quero perder-te.
É infinito o ar. A pedra inerte
nada sabe da sombra e não a evita.
Íntimo, o coração não necessita
do congelado mel que a lua verte.
Por ti rasguei as veias às dezenas,
tigre e pomba, cobrindo-te a cintura
com luta de mordiscos e açucenas.
Tuas palavras encham-me a loucura
ou deixa-me viver minha serena
e infinda noite da alma, escura, escura.
Frederico Garcia Lorca , um poeta que foi assassinado porque era considerado "mais perigoso com a sua caneta do que outros com revólver."
6 comentários:
Demasiado sombrio embora belo. Pra frente!!!
Assassinado á las cinco de la tarde,á las cinco en punto de la tarde.Ainda criança.
Um abraço,
mário
Boa memória
Bj
Obrigado por esta lembrança...
Um beijo.
Um poema sobre o amor arrancado do mais fundo da alma do poeta.
bjs.
Armando: belíssimo! beijo,
Mário:Uma morte indignante, precoce, cruel..."a las cinco de la tarde". beijo,
Puma: é, sim:) beijo,
Fernando Samuel: Um beijo:)
Nelson Ricardo: eu adoro este poeta.:) beijo,
Enviar um comentário