Porque os outros se mascaram mas
tu nãoPorque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque
os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque
os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E
tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia Mello Breyner " Se carácter custa caro, pago (pagamos) o preço..."
7 comentários:
SOPHIA!
Um beijo.
... na voz vibrante de,
Fanhais!...
Lembremos, outra 'actualidade':
meu povo que jaz
no dia que corre
que amanhece atrás
do dia que morre
meu povo navega
nos dias que vão
apodrecendo de ser
aquilo que são
meu povo que parte
em cada momento
meu povo que faz
do sonho alimento
meu povo que crê
na paz inventada
que lhe colocaram
atrás da enxada
Poema de: César Prates
Música de: Francisco Fernandes
Voz de: 'Padre' Fanhais
Lágrimas de:
César Ramos
Eterna!
Sempre na voz do Fanhais...
Um beijo.
Dedico à «Catarina», o post que acabei de fazer.
É com mágoa que vejo a História repetir-se!...
Abraço,
César
Muito belo o poema. Canta a heroicidade de quem resiste com aquilo que tem, mesmo que seja pouco.
Bjs.
Fernando Samuel: tem de se regressar a ela, sempre...:) Beijo,
César:Obrigada pelo poema, pela música, pelo post! Tudo muito bonito!!:)) Partilho da tua mágoa...Beijo,
Maria: è lindo, sim! :) Beijo,
Nelson Ricardo: É isso! Trata da firmeza, integridade e coerência dos que lutam...:) beijo,
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